Ficou para trás, e agora?

Graça e Paz! Hoje é o meu dia de estreia aqui no blog... Fui convidada pelo Lucas a escrever aqui periodicamente e aceitei o desafio! Minha oração é que eu consiga compartilhar com vocês pelo menos um pouquinho do que Deus fala ao meu coração enquanto eu preparo um texto aqui para o blog! Boa leitura!

É comum colocarmos nossos anseios diante do Pai em oração, certo? Quando a vontade dele condiz com a nossa, a gratidão e a alegria facilmente preenchem nosso coração. Mas, e quando a vontade de Deus para nossas vidas é contrária ao que nós desejamos e Ele leva pra longe de nós pessoas, bens, benefícios ou qualquer outra coisa que consideramos indispensáveis?

Muitas vezes, quando um cristão enfrenta essa situação, acaba por se afastar do Senhor, pois é tomado por sentimentos de injustiça, tristeza ou dor, entre outros. Na Bíblia, temos um exemplo claro de um homem que passou por uma situação semelhante à que descrevi acima, de forma marcante: Jó. No capítulo 1 do livro de Jó, ele é descrito como um homem “bom e honesto, temente à Deus e que procurava não fazer nada que fosse errado” (Jó 1:1b, NTLH – adaptado/vide também o versículo 8, onde o próprio Deus fala a respeito de Jó), além disso, era “o homem mais rico de todo o Oriente” (v.3), dono de muitos bens e escravos. Por conta deste último quesito, Satanás duvidou da sinceridade do temor que Jó tinha a Deus e questionou se isso não era fruto de “interesses próprios” (Jó 1:9,10). O diabo resolve, então, colocá-lo à prova, e com a permissão de Deus, Jó perde tudo o que tinha: família, bens, riquezas, saúde...

Ao longo do livro, podemos perceber o sofrimento de Jó e sua angústia. Perdas, comumente, são dolorosas, mas nem sempre estão relacionadas ao castigo. Por conta disso, o melhor que podemos fazer quando nos encontramos  em meio a essa situação, é seguir o que Davi escreveu no Salmo 37: “Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá” (versículos 4 e 5, NVI), lembrando sempre do amor e bondade que Ele tem por nós! Paulo, em sua carta aos Filipenses também deixa várias orientações que podem ser aplicadas em momentos como esse. Enquanto estava preso, por volta do ano 61 d.C., em Roma, ele nos dá um breve testemunho à respeito de situações que enfrentara em sua vida nos versículos 12 e  13 do capítulo 4: “Sei o que é estar necessitado e sei também o que é ter mais do que é preciso. Aprendi o segredo de me sentir contente em todo lugar e em qualquer situação, quer esteja alimentado ou com fome, quer tenha muito ou tenha pouco. Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”(NTLH). Ademais, ele nos alerta sobre o verdadeiro objetivo dos cristãos no capítulo 3, versículos 13 e 14: “Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente. Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus” (NTLH). Lembrem-se sempre de manter os olhos firmes no alvo, já que nosso lar eterno não é este mundo. Também estejam sempre alegres e agradecidos, firmes na vontade de Deus, confiando em Seus planos!

Ser cristão não significa ter uma vida perfeita e com tudo aquilo que amamos. Jesus nos alertou à respeito do que enfrentaríamos aqui na terra, mas também nos deixou um conselho e uma promessa: “Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo” (João 16:33b, NVI).

Voltando ao exemplo de Jó, meditemos no versículo 21, do capítulo 1: “ e [Jó] disse: "Saí nu do ventre da minha mãe, e nu partirei. O Senhor o deu, o Senhor o levou; louvado seja o nome do Senhor". Assim como Deus tem poder para nos abençoar, tem também direito de tirar aquilo que desejar de nossas vidas, de acordo com a vontade Dele. Anos depois, Ele restituiu a vida de Jó e pode fazer o mesmo na minha e na sua vida, mas somente se (e quando) desejar! Que o nosso louvor seja constante, independente da situação que estamos enfrentando! 

Caroline Ricci de Almeida